Governo Trump mostra ação que apreendeu segundo petroleiro vindo da Venezuela Forças dos Estados Unidos interceptaram e apreenderam neste sábado (20) o segundo petroleiro em águas internacionais próximas à Venezuela, em mais um sinal de aumento da pressão do governo Trump sobre Nicolás Maduro. A primeira apreensão ocorreu no último dia 10. A medida, informada inicialmente pelas agências Associated Press e Reuters, foi confirmada pelo departamento de Segurança Interna dos EUA em um post nas redes sociais. O governo da Venezuela ainda não comentou a ação norte-americana. O navio esteva atracado antes da apreensão em um porto venezuelano, segundo Kristi Noem, secretária da Segurança Interna dos EUA. “Os Estados Unidos continuarão a combater a movimentação ilícita de petróleo sob sanções, usada para financiar o narcoterrorismo na região”, escreveu Noem no X. Ela acrescentou que a Guarda Costeira dos EUA interceptou a embarcação antes do amanhecer, com apoio do Pentágono. O "The New York Times" diz que o petroleiro apreendido tem bandeira panamenha. Os oficiais citados pela AP e Reuters não estavam autorizados a discutir publicamente a operação militar e falaram sob condição de anonimato. Um deles descreveu a ação para a Associated Press como um "embarque consentido", com o petroleiro parando voluntariamente e permitindo que as forças americanas abordassem o navio. Trump, após a primeira apreensão de petroleiros neste mês, prometeu que os EUA realizariam um bloqueio à Venezuela. Naquela semana, o presidente Nicolás Maduro disse que o ato foi uma "interferência brutal" de Washington. Alguns petroleiros sancionados já estão desviando da Venezuela. Desde a primeira apreensão, a exportação de petróleo da Venezuela caiu drasticamente. Por que os navios estão sendo apreendidos? A Venezuela concentra a maior reserva comprovada de petróleo do planeta, com capacidade de aproximadamente 303 bilhões de barris — ou 17% do volume conhecido —, segundo a Energy Information Administration (EIA), órgão oficial de estatísticas energéticas dos EUA. Esse volume coloca o país à frente de gigantes como Arábia Saudita (267 bilhões) e Irã (209 bilhões), com ampla margem. Grande parte do petróleo venezuelano, porém, é extra-pesado, o que exige tecnologia sofisticada e investimentos elevados para extração. 🔎 Na prática, o potencial é enorme, mas segue subaproveitado devido à infraestrutura precária e às sanções internacionais que limitam operações e acesso a capital. Há um claro interesse dos EUA. Segundo a EIA, o petróleo pesado da Venezuela "é bem adequado às refinarias norte-americanas, especialmente às localizadas ao longo da Costa do Golfo". Nesse contexto, o republicano atinge dois objetivos simultaneamente: ao buscar favorecer a economia dos EUA, também pressiona a produção e as exportações de petróleo da Venezuela — setor central para a economia do país e para a sustentação do governo de Nicolás Maduro. Os efeitos iniciais já começaram a aparecer nesta semana. Reportagem da Bloomberg News indicou que Caracas enfrenta falta de capacidade para armazenar petróleo, em meio a medidas de Washington para impedir que embarcações atraquem ou deixem portos venezuelanos. Desde que os Estados Unidos impuseram sanções ao setor de energia da Venezuela, em 2019, comerciantes e refinarias que compram petróleo venezuelano passaram a recorrer a uma “frota fantasma” de navios-tanque, que ocultam sua localização, e a embarcações sancionadas por transportar petróleo do Irã ou da Rússia. A China é a maior compradora do petróleo bruto venezuelano, que responde por cerca de 4% de suas importações. Em dezembro, os embarques devem alcançar uma média de mais de 600 mil barris por dia, segundo analistas consultados pela Reuters. Por enquanto, o mercado de petróleo está bem abastecido, e há milhões de barris em navios-tanque ao largo da costa da China aguardando para serem descarregados. Se o embargo permanecer em vigor por algum tempo, a perda de quase um milhão de barris por dia na oferta de petróleo bruto tende a pressionar os preços do petróleo para cima. O ataque a petroleiros ocorre enquanto Trump ordenou ao Departamento de Defesa que realizasse uma série de ataques contra embarcações no Caribe e no Oceano Pacífico que sua administração alega estarem contrabandeando fentanil e outras drogas ilegais para os Estados Unidos e além. Pelo menos 104 pessoas foram mortas em 28 ataques conhecidos desde o início de setembro. A chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles, disse em uma entrevista à Vanity Fair publicada esta semana que Trump "quer continuar explodindo barcos até Maduro gritar 'tio'."
Os 26,5% não é um imposto de renda, mas sim um possível número para o Imposto de Valor Agregrado g1 Circula nas redes sociais uma publicação dizendo que motoristas de aplicativo irão pagar 26,5% de imposto em 2026. É #FAKE. selo fake g1 🔴 O que diz a publicação? Publicada nesta terça-feira (16) no X, onde já foi vista mais de 928 mil vezes, a publicação traz uma imagem do aplicativo de corridas Uber com o seguinte título: "Motorista de Uber vai pagar 26,5% de imposto em 2026". Mas isso não é verdade. Motoristas de aplicativo terão isenção do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual caso apresentem receita anual de R$ 40,5 mil, definida para nanoempreendedores. Mesmo que ultrapassem esse limite, motoristas com faturamento bruto anual de até R$ 81 mil podem optar pelo regime de Microempreendedor Individual (MEI), que conta com alíquotas fixas entre 1% e 1,3% -- bem abaixo dos 26.5%. Esse número "26,5%", aliás, é apresentado pelo governo na primeira lei que regulamenta a Reforma como um teto estimado para o IVA dual, mas ainda não está determinado (leia mais abaixo). O IVA dual é a soma de dois novos impostos criados pela Reforma: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), cobrada pela União, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), cobrado por estados e municípios. Eles irão substituir os respectivos tributos nacionais -- PIS, Cofins -- e os estaduais -- ICMS e ISS. Tanto o CBS quanto o IBS passarão a constar nas notas fiscais já a partir de 2026, inaugurando uma fase de teste para os novos impostos. Nesse primeiro momento, haverá uma cobrança de alíquotas reduzidas (0,9% para o CBS e 0,1% para o IBS), que poderá ser compensada. ⚠️ Por que é fake? Ao Fato ou Fake, a Receita Federal diz que: "Caso os motoristas se enquadrem como nanoempreendedores, eles não estarão sujeitos a CBS e IBS. Já os optantes pelo Simples Nacional ou pelo MEI, permanecerão às regras tributárias desses regimes do mesmo jeito que é hoje, conforme expresso pelo 2º parágrafo do artigo 41 da Lei Complementar 214". Veja abaixo os dois principais cenários tributários para motoristas de aplicativo: 🧾Nanoempreendedores Ao Fato ou Fake, o deputado Mauro Filho Benevides (PDT-CE), que atuou como relator nos projetos que regulamentam a Reforma Tributária, relata que os motoristas de aplicativo que faturam até R$ 162 brutos por ano foram incluídos na categoria de nanoempreendedores e, por isso, estarão isentos da cobrança dos novos impostos: "Aprovamos a isenção do CBS e do IBS para motoristas de aplicativo -- e mais recentemente também de taxistas e caminhoneiros -- já que eles se encaixam em um regime especial dentro da categoria de nanoempreendedores, criada pela Reforma Tributária. Assim, os motoristas que tem faturamento bruto anual de até R$ 162 mil, ou R$ 13,5 mil por mês". Na regra geral, um nanoempreendedor é uma pessoa física que tem uma receita bruta anual igual ou inferior a R$ 40,5 mil. Para que motoristas de aplicativos e taxistas entrassem nessa categoria, a lei permitiu que o teto do faturamento bruto anual fosse de R$ 162 mil, desde que a receita final --- isto é, o faturamento descontado de custos operacionais, como combustíveis e manutenção do carro e outros --- fosse até 25% do valor bruto arrecadado. Por exemplo: um motorista de aplicativo fatura R$ 120 mil no ano, pela regra, apenas 25% desse valor é considerado como receita para enquadramento, o que equivale a R$ 30 mil. Como esse valor fica abaixo do limite de R$ 40,5 mil, ele pode se enquadrar na categoria. Já se o faturamento anual fosse de R$ 162 mil, os 25% corresponderiam exatamente a R$ 40,5 mil, o teto permitido. Acima disso, o profissional perderia o enquadramento como nanoempreendedor e passa a ser considerado MEI. 🧾 Microempreendedor Individual (MEI) Supondo um cenário em que o motorista opte por ser um Microempreendedor Individual (MEI) -- ou seja, apresente um faturamento bruto anual de até R$ 81 mil -- ele precisará continuar a fazer os recolhimentos fixos de impostos através do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). Segundo as diretrizes técnicas da Receita Federal, os MEIs continuarão pagando a contribuição previdenciária (cerca de 5% do valor do salário mínimo, de R$ 1.621), mais R$ 5 fixos de ISS/ICMS, sem substituição direta por IBS ou CBS em 2026. Para o faturamento anual de R$ 81 mil (limite MEI), isso equivale a uma alíquota efetiva de aproximadamente 1,1% a 1,3% sobre a receita bruta, muito menor do que os 26,5% mencionados. Imposto sobre consumo e imposto de renda João Pedro Ramos Garcia, advogado tributarista no Ballsdtaedt Gasparino Advogados, explica que a peça viral causa confusão por insinuar que o IVA da Reforma Tributária é um imposto que incide sobre a renda ou os rendimentos do motorista --- o que não é o caso, ele age sobre o serviço prestado. "O número "26,5%" aparece no debate público como referência associada ao IVA dual (a soma CBS e IBS), isto é, um percentual pensado para incidir sobre preços de bens e serviços (consumo), não como alíquota “sobre rendimentos” do motorista. O Imposto de Renda, seja para pessoa física ou jurídica, continua sendo o tributo típico sobre renda ou rendimentos e as regras para declarar continuam sendo as mesmas". Em 26 de novembro, o presidente Lula (PT) sancionou a lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês (R$ 60 mil ao ano). Além da isenção, o projeto aprovado pelo Congresso Nacional prevê um desconto progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350 mensais. A partir dessa faixa, porém, o IR que incide sobre o rendimento ainda permanece sendo de 27.5%. Os 26,5% não é um imposto de renda, mas sim um possível número para o Imposto de Valor Agregrado g1 Veja também É #FAKE ;vídeo de idosos em clasilo explicando fantasias de Halloween nos EUA É fake vídeo de idosos explicando fantasias cômicas para Halloween; tudo foi feito com IA VÍDEOS: Os mais vistos agora no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1 VÍDEOS: Fato ou Fake explica VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito)
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