O governo dos EUA afirmou nesta segunda-feira (14) que o presidente Donald Trump "impôs consequências há muito esperadas contra o Supremo Tribunal de (Alexandre de) Moraes e ao governo Lula por seus ataques a Jair Bolsonaro, à liberdade de expressão e ao comércio com os EUA". A declaração se dá no mesmo dia em que a Procuradoria-Geral da República deve apresentar as alegações finais de uma ação que tem Bolsonaro como réu, por tentativa de golpe de estado em 2022. No documento, o republicano afirmou, sem provas, que a decisão de aumentar a taxa foi tomada "em parte devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos". Veja o que diz a íntegra do comunicado, publicado por uma conta ligada à Secretaria de Estado dos EUA: "O presidente Trump enviou uma carta impondo consequências há muito esperadas ao Supremo Tribunal de Moraes e ao governo Lula por seus ataques a Jair Bolsonaro, à liberdade de expressão e ao comércio com os EUA. Tais ataques são uma vergonha e estão muito abaixo da dignidade das tradições democráticas do Brasil. As declarações do presidente Trump são claras. Estaremos observando atentamente." Initial plugin text Esta reportagem está em atualização.
Alckmin anuncia reuniões com indústria e agro para discutir alternativas ao tarifaço de Trump O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou nesta segunda-feira (14) que o governo federal realizará, já nesta terça-feira, duas reuniões com representantes do setor privado para discutir a resposta brasileira ao aumento de tarifas anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida norte-americana impõe uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para os EUA a partir de 1º de agosto. A decisão foi criticada pelo governo Lula, que considera a ação uma retaliação política — motivada por críticas de Trump ao Supremo Tribunal Federal e em defesa de Jair Bolsonaro. Segundo Alckmin, as reuniões são parte do trabalho de um comitê interministerial criado pelo presidente Lula, que reúne o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a Casa Civil, o Ministério da Fazenda e o Ministério das Relações Exteriores. "A primeira tarefa é conversar com o setor privado. Separamos em dois blocos. Um bloco, a reunião será amanhã às 10h, no MDIC, com a indústria. Estamos chamando os setores industriais que possuem mais relação comercial com os Estados Unidos", explicou o vice-presidente. Para a primeira reunião, estão convidados os seguintes setores: Aviões Aço Alumínio Celulose Máquinas Calçados Móveis Autopeças A segunda rodada de conversas será às 14h e reunirá exportadores do agronegócio. Foram chamados representantes dos setores de: Suco de laranja Carne Frutas Mel Couro Pescado O vice-presidente Geraldo Alckmin deu entrevista coletiva no Palácio do Planalto Guilherme Mazui/ g1 Reuniões com empresas dos EUA O vice-presidente adiantou que as reuniões não se limitarão à terça-feira. Alckmin afirmou que o governo também vai se reunir com empresas americanas instaladas no Brasil e entidades de comércio bilateral entre Brasil e Estados Unidos. “As empresas americanas também serão atingidas. Então vamos conversar com elas e com as entidades do comércio Brasil-EUA”, disse o vice-presidente. Ouvir ideias De acordo com Alckmin, o objetivo do governo é ouvir os empresários, dimensionar os impactos da medida americana sobre as exportações brasileiras e discutir eventuais contramedidas. Segundo Alckmin, o diálogo com os exportadores é o primeiro passo de uma estratégia mais ampla de reação à política tarifária anunciada por Trump. O presidente Lula já mencionou que a Lei de Retaliação Econômica está entre os instrumentos legais que o Brasil poderá usar para responder às tarifas, caso a decisão dos EUA avance. Proposta aos EUA O vice-presidente destacou que, até o momento, o governo brasileiro não solicitou aos EUA a prorrogação do prazo para entrada em vigor da taxa de 50%. O governo também não solicitou uma alíquota alternativa. "Governo não pediu nenhuma prorrogação de prazo e não fez nenhuma proposta sobre alíquota", disse. Alckmin relatou que o governo brasileiro fez uma proposta há cerca de dois meses para o governo americano, porém não houve respostas. O conteúdo da proposta era confidencial. EUA e Tarcísio Alckmin disse ainda que não foi procurado pelo encarregado de negócios dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, após o anúncio do tarifaço de 50% feito por Donald Trump contra produtos brasileiros. O vice-presidente também afirmou que não vê problema no fato de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ter um encontro nesta terça-feira com Escobar para tratar das tarifas de importação de produtos brasileiros.
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