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Veja nomes que surgiram no Brasil após sucesso de craques do futebol O sucesso de grandes jogadores de futebol nas últimas décadas inspirou o surgimento de nomes registrados pela primeira vez no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados do Censo de 2022. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O g1 selecionou atletas vencedores da Bola de Ouro e identificou o aparecimento de quatro nomes no período em que eles se destacaram dentro de campo. São eles, em ordem alfabética: Kaká: brasileiro, melhor do mundo em 2007; Messi: argentino, melhor do mundo em 2009, 2010, 2011, 2012, 2015, 2019, 2021 e 2023; Ronaldinho: com os brasileiros Ronaldo Fenômeno, melhor do mundo em 1997 e 2002; e Ronaldinho Gaúcho, melhor do mundo em 2005; Zidane: francês, melhor do mundo em 1998. Não havia nenhum registro desses nomes no IBGE em décadas anteriores aos prêmios vencidos pelos craques. Ricardo Izecson dos Santos Leite, o "Kaká", criou um nome que nem é o seu. O apelido familiar foi escolhido em vez de Ricardo para sua carreira no futebol e, depois de seu auge na década de 2000, virou nome de 121 Kakás pelo Brasil. Kaká, escolhido melhor do mundo no futebol em 2007 Roscoe Myrick/Creative Commons "Ronaldinho" também surgiu com dois brasileiros que não se chamam exatamente assim. Os Ronaldos Fenômeno e Gaúcho eram conhecidos no diminutivo quando atletas, em carreiras iniciadas na década de 1990 -- quando "Ronaldinho" passou a virar nome no Brasil. Desde então, há 187 Ronaldinhos pelo país. Ex-jogador Ronaldo 'Fenômeno' é homenageado antes de amistoso entre Brasil e Escócia, em Londres Tom Hevezi/AP "Messi" virou homenagem ao craque argentino Lionel Messi nos anos 2000 e teve ascensão meteórica até a década de 2010: são 363 Messis brasileiros, sendo que há 42 mulheres com o nome, conforme dados do IBGE. Lionel Messi em partida pela seleção da Argentina. Reuters Responsável por uma derrota do Brasil no final da Copa do Mundo de 1998, o francês Zinedine "Zidane" foi de carrasco a homenageado na escolha do nome de 711 brasileiros. Não havia nenhum Zidane antes da década em que ele surgiu e explodiu no futebol. Zinedine Zidane na cerimônia da Bola de Ouro 2022 REUTERS Sem estatística de quando surgiu, o nome Pelé, do rei do futebol, é registrado por 75 brasileiros. LEIA MAIS Censo 2022: Maria e José são os nomes mais populares do Brasil; veja ranking dos mais comuns Brasil tem 4,3 mil nomes usados por apenas 20 pessoas, segundo o IBGE; veja quais são eles IBGE divulga pela 1ª vez os sobrenomes mais populares do Brasil; veja o ranking Craques do futebol brasileiro Outros nomes já existiam e se popularizaram pela carreira de craques que passaram pelo futebol brasileiro. É o caso de Neymar, atualmente no Santos e maior artilheiro da Seleção Brasileira. Com 23 registros na década de 1950, o nome alcançou o pico de 1.468 registros na década de 2010, quando o jogador vestia a camisa 10 da seleção nas Copas de 2014 e 2018. Ao todo, há 2.443 pessoas chamadas Neymar, com Y. Neymar antes de Santos x Fluminense Jota Erre/AGIF Campeão do mundo em 1994, Romário contribuiu para popularizar seu nome: saiu de 101 registros em 1940 para o auge de 32.110 na década de 1990, justamente quando venceu a Copa do Mundo nos Estados Unidos. Aposentado do futebol em 2009, Romário viu o nome cair para 861 registros na década de 2010. O goleiro Taffarel ganhou Copa do Mundo, mas nunca foi escolhido melhor do mundo. Ele, no entanto, popularizou seu nome, que passou a ser registrado pelo IBGE na década de 1980 -- quando o atleta iniciou a carreira. São 262 homens chamados Taffarel pelo país. Porém, os registros acabam logo na década seguinte, de 1990, sem novos "Taffareis" depois de 2000. Ídolos pelo país Jogadores de futebol que marcaram época em times brasileiros surgem entre os homenageados para crianças que nasceram enquanto ou depois de suas carreiras. É o caso de Zico e Giorgian [Arrascaeta] (Flamengo), Evair e Deyverson (Palmeiras), Rivelino e Sócrates (Corinthians), Dalessando (Internacional) e Robinho (Santos). O mesmo acontece até com carrascos de clubes brasileiros, como o argentino Juan Román Riquelme. Ídolo do argentino Boca Júnior, ele venceu três Copas Libertadores com direito a eliminações de brasileiros pelo caminho. O desempenho fez com que alguns dos torcedores o homenageassem. Veja os números dos nomes de alguns craques do futebol: Riquelme (jogador argentino): 25.942 Rivelino (ídolo do Corinthians): 4.859 Evair (ídolo do Palmeiras): 4.673 Sócrates (ídolo do Corinthians): 1.836 Dalessandro (ídolo do Internacional): 847 Deyverson (ídolo do Palmeiras): 695 Zico (ídolo do Flamengo): 582 Marcelinho (ídolo do Corinthians): 278 Bebeto (campeão do mundo em 1994): 247 Robinho (ídolo do Santos): 222 Maradona (campeão do mundo e ídolo da Argentina): 128 Dunga (campeão do mundo em 1994): 90 Coutinho (ídolo do Santos): 47 Giorgian (de Arrascaeta, uruguaio ídolo do Flamengo): 42 Muricy (técnico ídolo do São Paulo): 30
Em agosto, empresa na Faria Lima foi alvo de operação que investiga dinheiro do crime organizado EPA via BBC Parlamentares e governadores de oposição ao governo federal estão se mobilizando para aprovar leis que classifiquem como grupos terroristas as facções criminosas que atuam no país — como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Alguns projetos tramitam a meses no Congresso, mas a mobilização ganhou impulso após a megaoperação policial em favelas no Rio de Janeiro na semana passada — que resultou em 121 mortes e é considerada uma das mais letais da história da cidade. A Câmara de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados deve colocar em pauta nesta terça-feira (4) um projeto de lei que amplia o conceito de terrorismo para incluir organizações criminosas e milícias privadas. Veja os vídeos que estão em alta no g1 O projeto de lei 1.283/2025 é de autoria do deputado Danilo Forte (União Brasil-CE) e relatado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). O projeto altera a Lei Antiterrorismo (13.260, de 2016) para "ampliar as motivações do crime de terrorismo, especificar infraestruturas críticas e serviços de utilidade pública, estender a aplicação da lei a organizações criminosas e a milícias privadas que realizem atos de terrorismo, além de estabelecer majorante para ato de terror cometido por meio de recurso cibernético". Ferreira já anunciou que pretende abrir mão da relatoria do projeto para que ela seja assumida pelo secretário estadual de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite (PP-SP), que anunciou que vai se licenciar do cargo e voltar à Câmara dos Deputados, para liderar a questão e vê-la aprovada no Plenário. O projeto foi aprovado pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e tramita em regime de urgência. Ferreira deu um parecer favorável para que o projeto de lei seja aprovado na CCJ — comparando os grupos criminosos a um Estado paralelo. "Se se observa que um Estado qualquer, mesmo que seja um Estado paralelo, está usurpando a soberania nacional, inclusive do ponto de vista territorial, para oprimir nossos concidadãos, é mister que se entre imediatamente em guerra contra tal estado", disse o deputado no seu parecer. "Para isso deve-se utilizar todas as ferramentas que o Direito oferece. A presente iniciativa legislativa consiste em uma dessas ferramentas" Mas especialistas e acadêmicos com que a BBC News Brasil conversou afirmam que a aprovação de projetos que ampliem o conceito de terrorismo no Brasil para abranger as facções criminosas podem ter efeitos negativos na economia brasileira — abrindo o país a sanções internacionais. Efeitos indesejados e de grande escala Ao justificar seu projeto de lei, o deputado Danilo Forte afirma que a classificação de grupos criminosos como terroristas daria mais ferramentas ao poder público para lidar com as facções. "Neste sentido, este Projeto de Lei ao tipificar atos de terror praticados por grupos criminosos organizados na Lei Antiterrorismo brasileira, possibilita a responsabilização dos integrantes e líderes dessas organizações por atos preparatórios, antecipando a tutela penal para reforçar a capacidade de prevenção e resposta a essas ameaças antes que se concretizem", afirma Forte no projeto de lei. "Além disso, a competência investigativa passa a ser atribuída à Polícia Federal, garantindo uma investigação mais especializada e abrangente." Ele argumenta também que haveria maior facilidade para apreensão de bens de criminosos classificados como terroristas. "A possibilidade de decretação de medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores do investigado ou acusado assegura que os recursos utilizados para financiar tais atividades sejam identificados e bloqueados, desarticulando financeiramente os indivíduos ou redes responsáveis por tais atos de terror", diz o deputado no projeto de lei. "Ressalte-se que essas medidas de congelamento de bens e valores podem ser realizadas em cooperação internacional, o que é essencial diante da natureza transnacional do crime organizado no Brasil." Mas para o ex-policial e pesquisador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Roberto Uchôa, a simples redesignação de facções criminosas como grupos terroristas não teria efeitos práticos significativos no combate a grupos como o PCC e o CV. E além disso, segundo ele, uma nova lei nesse sentido teria um efeito indesejado para a economia brasileira — e talvez de grande impacto. "Eu acho que nem os deputados têm noção do que eles estão fazendo. Eu acho que para variar, é mais uma uma discussão legislativa com base no fígado", disse Uchôa à BBC News Brasil. Ele acredita que se o Brasil passar a classificar as facções como terroristas, países como os EUA "automaticamente vão designar também". "Dificilmente eles não vão acompanhar a legislação brasileira", diz Uchôa, que é membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (ONG apartidária que reúne especialistas na área). "Isso tem algumas consequências que esses parlamentares não estão verificando. Para começar, isso dá um poder para os americanos sancionarem e prenderem qualquer pessoa ligada a essas organizações." Projetos de lei que equiparam facções a grupos terroristas ganharam impulso após megaoperação policial no Rio de Janeiro na semana passada EPA via BBC Como a redesignação de facções criminosas poderia afetar a economia nacional? O ex-policial e pesquisador dá como exemplo um fundo de investimento que seja apontado em investigações brasileiras como possivelmente conectado a uma organização criminosa. "Você imagina que essa empresa que tem um fundo de investimento ligado ao PCC seria a primeira a ser sancionada [internacionalmente]. Começa-se sancionando ela, e depois pode se ir sancionando outras tantas empresas que tiveram de alguma forma ligações com esse fundo de investimento. A escala disso, nós não sabemos onde pode parar. " O problema maior, segundo o pesquisador, é que o crime organizado está profundamente infiltrado na economia brasileira — atuando em diversos setores. Por isso, empresas e indivíduos de todos esses setores estariam teoricamente expostos a sanções internacionais que visem combater terrorismo — caso houvesse indício de alguma conexão com o crime organizado. Do PIX ao Banco do Brasil Em agosto, a Polícia Federal deflagrou três operações (Carbono Oculto, Quasar e Tank) que demonstraram o quão profunda são essas conexões entre o crime organizado e a economia nacional. A estimativa da PF é de que um esquema operado pelo PCC tenha movimentado pelo menos R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024. Uma reportagem da BBC News Brasil mostrou como investigações policiais indicaram que o PCC controla postos de gasolina para ganhar dinheiro sonegando impostos e adulterando combustível. Os mesmos postos — além de padarias e lojas de conveniência — seriam então usados para lavar dinheiro do tráfico de drogas. Segundo as investigações, os recursos ilícitos eram ocultados com ajuda de fintechs, empresas de tecnologia que oferecem serviços financeiros. Por fim, havia a suposta participação de fundos de investimento sediados nas imediações da Faria Lima para a blindagem do patrimônio do PCC contra eventuais investigações. "Bancos, fintechs, mercado financeiro... a Carbono Culto é uma evidência do tamanho da infiltração do crime organizado no mercado financeiro. Veja só a quantidade de empresas legais que poderia se dizer que têm envolvimento com dinheiro de origem ilegal." Segundo Uchôa, não é nem preciso haver condenação de nenhuma empresa ou indivíduo para que ele sejam sancionados internacionalmente. As decisões de sanções são discricionárias dos governos — bastando por exemplo a citação em investigações. Isso seria particularmente problemático no caso de agentes públicos, segundo ele. "Vamos pensar como é que seria, por exemplo, alguma investigação que apontasse envolvimento de agente público brasileiro com essas organizações criminosas, o que não é difícil, porque a corrupção envolvendo agentes públicos e organizações criminosas no brasileiro é algo de conhecimento geral", diz. "Os americanos poderiam sancionar todo mundo que possa ter alguma ligação. Haja concurso público para botar gente no lugar da quantidade de gente que vai ser sancionada dentro do serviço público da gestão pública brasileira." Outro problema seria o aumento dos custos para as empresas. "Esse tipo de legislação abre as portas para uma quantidade impressionante de sanções em vários agentes do mercado. O país está pronto para isso?" "Isso vai exigir um nível de compliance e um nível de preparo para evitar a entrada do dinheiro ilegal que vai gerar um custo impressionante para as empresas e bancos e tudo mais." Rafael Alcadipani, professor da Fundação Getúlio Vargas, concorda com a avaliação de que sanções americanas — no caso de os EUA considerarem o PCC e o CV como grupos terroristas — podem ter efeitos amplos no Brasil. "Eles [os EUA] teriam a possibilidade de criar sanções e tomar ativos de forma muito mais rápida. Por exemplo, se o governo americano de repente considerar que o Pix e o sistema bancário brasileiro têm infiltração das facções criminosas, e que por isso precisa ser descartado do sistema Internacional, ele pode agir. Isso pode gerar sanções que são sanções mais pesadas", diz Alcadipani, também integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. "Isso pode trazer complicações muito maiores para o Brasil, inclusive de ordem geopolítica. O governo americano poderiam tomar ativos na hora que eles quiserem. Se eles decidirem, em um exemplo extremo, que terroristas estão fazendo transações econômicas pelo Banco do Brasil, os EUA poderiam adotar sanções fortes sobre o Banco do Brasil." EUA e 'narcoterroristas' Em visita a Brasília em maio, o responsável pelo setor de sanções do Departamento de Estado, David Gamble, solicitou formalmente que o Brasil adotasse a designação de terroristas ao PCC e CV. Em reuniões com representantes do Ministério da Justiça, Gamble argumentou que essas facções criminosas têm conexões com cartéis internacionais e representam uma ameaça à segurança dos EUA. O governo brasileiro, porém, rejeitou o pedido. O argumento citado na época pelo secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, em entrevistas à imprensa, foi o de que facções como PCC e CV não se enquadram na definição de terrorismo da legislação brasileira. Uchôa afirma que mesmo que o Brasil não classifique PCC e CV como narcoterroristas, países estrangeiros ainda assim podem fazê-lo. Na semana passada, Argentina e Paraguai anunciaram que adotariam essa postura. "Os americanos não precisam de autorização do Brasil para fazer isso. Eles podem fazer unilateralmente, como fizeram com a Venezuela ou com o México", diz. Em entrevista à BBC News Brasil, o relator especial da ONU sobre Direitos Humanos e Contraterrorismo, Ben Saul, disse que o uso de legislações antiterrorismo contra grupos criminosos pode abrir caminho para outros tipos de abusos. Ele cita o caso dos EUA, que em abril deste ano designou oito cartéis de drogas — como o mexicano Sinaloa e o venezuelano Tren de Aragua — como organizações terroristas. Depois dessa designação, segundo Saul, o governo americano passou a deportar imigrantes venezuelanos acusando-os de ligações com o Tren de Aragua. E começou também a atacar barcos no mar do Caribe e no oceano Pacífico, classificando os seus ocupantes de "narcoterroristas". "Antes de os EUA invocarem a Lei de Estrangeiros Inimigos para deportar centenas de venezuelanos para El Salvador sob a alegação de suspeita de terrorismo, a primeira coisa que eles fizeram foi declarar o Tren de Aragua como uma organização terrorista. E depois disso é que vieram as deportações sumárias", disse Saul. "Agora, temos ataques militares contra os chamados narcoterroristas, dizimando-os no Caribe. Portanto, muitas vezes é um caminho para uma série de abusos ainda maiores."
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